Na medida em que os corpos celestes significam as coisas existentes neste mundo através dos poderes do seu movimento natural, então qual a vantagem de ser ignorante deste conhecimento?

ABU MA'SHAR (787:886)

Desde há mais de 6 mil anos o homem constata, no Cosmos, regularidades que não falham. A mais evidente é a alternância dos dias e das noites.

Bem antes de saber escrever, o Homem conheceu as fases da Lua, com as quais fez os seus primeiros calendários; observou e temeu quando o Sol ou a Lua ficavam sem luz - os eclipses - sendo para eles prenúncio de desgraças; percebeu o movimento diurno das estrelas, especialmente os do Sol e da Lua; reparou que à noite lá estavam as constelações nos mesmos lugares; constatou a volta periódica das estações do ano: tempo em que a neve se derretia, os campos apareciam com a sua terra fertilizada, e se semeava; as sementes germinavam; a natureza, depois de tempos gélidos, renascia: eram as plantas a brotar, os animais a acasalar, uma vontade louca de sair de casa... e viver!

Sabiam que a seguir vinha o calor, as plantas davam os seus frutos, que depois de amadurecidos eram recolhidos mais tarde; viram a necessidade de começar a recolher e guardar os alimentos disponíveis quando as folhas das árvores caíam. E a seguir voltava o tempo de isolamento e frio, que era aproveitado para, com os materiais que tinham à mão, prepararem a chegada de um novo ciclo, que se repetia sempre.

O conhecimento dos homens foi aumentando, graças a inúmeros observadores do Céu e cientistas que se interessaram pelo assunto, e que foram deixando gravadas de várias formas as informações recolhidas.

Para eles, era uma certeza que "o que se passava lá em cima era igual ao que se passava cá em baixo"; foram sendo constatadas as relações entre os fenómenos terrestres e os celestes. A esse saber se chamou Astrologia. Deu origem à Astronomia ( inclusive trabalharam em conjunto até ao séc. XVIII ), à Cartografia, etc.

Mas uma coisa é certa, nós habitamos num planeta do nosso Sistema Solar. Ainda não sabemos quantos sistemas solares, quantos biliões de planetas e estrelas haverá, somos como que um pontinho minúsculo no meio de tudo isso, apesar de tanto dinheiro gasto em busca de mais conhecimento!

É um Universo ordenado, onde cada planeta roda em volta do seu Sol num determinado ritmo. Tudo é cíclico, e tem a sua função. É desse Universo que fazemos parte. Temos ciclos de vida, também. Só quando compreendemos isto, só quando adquirimos consciência que na Ordem desse Universo a nossa atitude na vida tem um objectivo determinado, é que nos tornamos gente de verdade. As plantas e os animais cumprem os seus ciclos de vida.

Cumpramos os nossos! Com a sabedoria de achar que nunca compreenderemos tudo, que há mistérios que ainda não têm explicação.


A autora na primeira pessoa

Sou apaixonada por Astrologia há mais de duas décadas. Quando a vida familiar me proporcionou tempo para me dedicar integralmente a isso, fi-lo no local certo e na altura certa. Aos 50 anos, mais ou menos, a vida pede a todos uma mudança espiritual. E ela segreda em nosso ouvido, com tranquilidade e verdade, que é a hora de olharmos para nós próprios, que a vida terrena não é eterna, e que tentemos perceber o que viemos aprender à Terra - em linguagem astrológica, o chamado Retorno de Quiron. E nós ouvimos, ou não...

E por que tão tarde? A vida, a outros, proporcionou isso mais cedo; o Universo lá sabe. Eu CONFIO e espero a altura certa! E agora fico feliz quando ensino Astrologia a gente jovem. Despertaram mais cedo, ainda bem. Mas eu, mais do que ninguém, sabe que o meu mapa astrológico, a fotografia do Céu na hora em que nasci, me mostra uma vida ao serviço dos outros. E dentro da família que criei. Pois bem, se fiz bem ou mal, não sei, mas tentei cumprir. E só depois disso pensei em mim.

Comecei os meus estudos de Astrologia em S. Paulo, Brasil.

Estudei com o Professor Cid Marcus Vasques, que foi professor universitário nas áreas de Comunicação (Fundamentos científicos). Há quase 40 anos é Professor de Astrologia, Mitologia grega e hindu e as suas relações com a Arte, o Teatro, a Literatura, a Astrologia, o Cinema e a Música. Comecei por estudar Símbolos, Alquimia, Mitologia e depois Astrologia. Vários anos tive o prazer de aprender com ele. Encantei-me sobretudo com o interesse que conseguia despertar nos alunos, a lucidez e a forma clara de explicar.

Depois, embora continuando ouvindo as palavras do Prof Cid, fui para uma escola/ empresa de assessoria que existe em S. Paulo - a Astrobrasil - onde tive aulas (e vi a parte mais prática, de como as coisas se encaixam umas nas outras sem que percebamos) durante alguns anos também. Sob a batuta de Maurício Bernis, que largou a profissão de Engº Químico numa multinacional para se dedicar à Astrologia e hoje a trabalhar com Astrologia Empresarial com muito sucesso. Era um espaço muito activo, onde se davam aulas, se faziam " supervisões" onde se trocavam informações e se aprendia. Fiquei astróloga licenciada deles até 2010, altura em que já residia em Portugal havia dois anos. Ouvi, aprendi e fui muito incentivada pelos astrólogos da Astrobrasil, alguns deles no activo havia 25 anos, e que me motivaram bastante. Ainda hoje agradeço terem-me deixado entrar no grupo. Frequentei o meio astrológico, não perdendo nada de Congressos, Seminários e todas as oportunidades de aprender. Conheci gente maravilhosa, com quem ainda hoje mantenho contacto.

Em Portugal desde Julho de 2008, comecei a estudar com o astrólogo Nuno Michaels, que me foi levando a unir os dois caminhos que eu seguia, tornando-me ainda mais apaixonada por Astrologia, percorrendo uma via larga, única, de busca de conhecimento, com o coração aberto e os olhos postos no Alto .

Assisti maravilhada ao 1º Congresso Ibérico de Astrologia, pela 1ª vez realizado em Portugal, Lisboa, onde conheci grande parte dos astrólogos portugueses.

Fui algumas vezes à Escola Quiron, em Lisboa, onde ouvi e aprendi com Maria Flávia de Monsaraz, Alan Oken e outros.

Faço parte da Associação Portuguesa de Astrologia, como membro efectivo, nº 75, desde o início.

Frequentei a Aspas sempre que a minha vida particular me permitiu, fazendo workshops, participando do Jornal " 4 Estações", e vi, com muita alegria desenvolver-se um entendimento entre astrólogos brasileiros e portugueses. Admiro a sua presidente, Isabel Guimarães, que, num meio pequeno como o nosso, conseguiu separar a Astrologia do que até aí se entendia como tal. E é ver a qualidade de novos astrólogos que, com o correr do tempo, se vão tornar profissionais admiráveis.

Com a Aspas fui ao 1º Simpósio Luso - Brasileiro de Astrologia, em Abril de 2015, onde reencontrei amigos e conhecidos dos dois lados do Atlântico. Ouvi todas as palestras que pude, troquei ideias com uns e outros.

A mesma noção de família que me levou a "procurar o sentido da vida" mais tarde, leva-me agora a trabalhar noutros moldes, razão porque criei este site. Continuarei no activo, de forma diferente. Espero ajudar quem queira mudar, melhorar, entender o seu caminho de vida, e que vocês me retribuam tornando o meu mais movimentado e cheio de esperança num mundo melhor.

© 2018 Pégaso Astrologia : Lela Pontes
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